domingo, 24 de agosto de 2014

Verdes são os campos...

 

Obra:


Luís de Camões:  Verdes são os campos                                                                          

 
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
 
fonte:http://goo.gl/1Z7Oq1 

sábado, 23 de agosto de 2014

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades...



Obra:



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 
Muda-se o ser, muda-se a confiança: 
Todo o mundo é composto de mudança, 
Tomando sempre novas qualidades. 

Continuamente vemos novidades, 
Diferentes em tudo da esperança: 
Do mal ficam as mágoas na lembrança, 
E do bem (se algum houve) as saudades. 

O tempo cobre o chão de verde manto, 
Que já coberto foi de neve fria, 
E em mim converte em choro o doce canto. 

E afora este mudar-se cada dia, 
Outra mudança faz de mor espanto, 
Que não se muda já como soía. 

Autor: Luís Vaz de Camões

Fonte: http://www.citador.pt/poemas/mudamse-os-tempos-mudamse-as-vontades-luis-vaz-de-camoes


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Amor é fogo que arde sem se ver ...


Obra:


Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

fonte:http://goo.gl/k0hu4T

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Principais autores

Classicismo:


FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA (1495-1558)

Introduziu em Portugal novos conceitos da arte renascentista e uma nova forma poética, (medida nova) o soneto.


Medida nova: versos decassílabos
Medida velha: redondilho menor (cinco sílabas poéticas), redondilho maior sete (sílabas poéticas).
A volta do poeta da Itália, em 1526, é considerada o momento inicial do Classicismo em Portugal. A importância de sua viagem é muito grande, porque na Itália que Sá de Miranda, educado com um mentalidade medieval, entra em contato com a visão humanista e com as inovações literárias do período, principalmente a partir da  obra de Petrarca. Tanto sua formação medieval quanto as novas idéias renascentistas tiveram expressão em sua obra.



LUÍS VAZ DE CAMÕES (1525-1580)

Escritor mais representativo do Classicismo português; escreveu poesia lírica e épica, além de peças teatrais.

Luís Vaz de Camões é considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa. Em sua vasta obra, imortalizou as glórias de seu povo, registrou de modo sublime os sofrimentos amorosos, indagou sobre as inconstâncias e incertezas da vida.
Usou com maestria, os metros característicos da medida velha e medida nova.
A visão que os clássicos tinham do amor fundamentava-se, basicamente, em três aspectos: o racionalismo, a idealização e o espiritualismo.
O mundo representado por Camões é dinâmico. Assim, ser humano e natureza estão sujeitos a constantes modificações. Porém, enquanto as mudanças da natureza seguem um ritmo, as sofridas pelas pessoas não seguem uma “lei” natural, o que pode trazer tristeza e sofrimento.



a outros autores como :
Fernão Mendes Pinto: Sua obra principal foi a sua inimitável Peregrinação. Esta só viria a ser publicada 20 anos após a morte do autor, receando-se que o original tenha sofrido alterações às quais não seriam alheios os Jesuítas.

Francisco de Morais - Obra: Palmeirim da Inglaterra. Novela de Cavalaria.  

Bernardim Ribeiro: (1482-1552), sua obra de destaque foi Menina e Moça, publicado em 1554. 

Antônio Ferreira: (1528-1569), Sua obra principal foi A castro (ou Tragédia de d.Inês de Castro), escrita em versos, publicada em 1587, em Portugal.




 Quinhentismo:

Padre José de Anchieta  - Escreveu poemas e peças para catequisar os índios da costa brasileira, entre eles “Na festa de São Lourenço” e “Poema à Virgem”.

Pero Vaz de Caminha  – O escrivão que acompanhou Pedro Alvares Cabral durante o descobrimento do Brasil, escreveu uma carta para o rei de Portugal falando sobre a viagem e as terras brasileiras.

Padre Manuel da Nóbrega - Escreveu textos sobre a Conversão dos Gentios.

 

referencias:

http://goo.gl/3ZaKmB